A AES Brasil, empresa geradora de energia 100% renovável, vai realizar nesta quinta-feira (24), às 9h, um simulado de emergência para a população que vive nas imediações da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Mogi Guaçu. A iniciativa faz parte do Plano de Ação de Emergência (PAE), que atende a Política Nacional de Segurança de Barragens (lei nº 14.066/2020).
O objetivo da iniciativa é orientar a população, em caráter preventivo, sobre protocolos necessários em caso de emergência na barragem da usina. A AES Brasil instalou sistema de sirenes e placas com o direcionamento para rotas de fuga nos municípios de Mogi Guaçu e Mogi Mirim.
“A proposta é empoderar as pessoas e mostrar o que pode ser feito em uma possível situação de emergência. É uma cultura muito difundida em outros países, e no Brasil nós estamos acostumados a lidar com isso em ocasiões como simulação de protocolo de incêndio em edifícios. Mesmo que o risco de acontecer algo seja pequeno, esse tipo de preparação é vital para conter os riscos”, diz Wagner Pernias, Gerente de Meio Ambiente e Infraestrutura da AES Brasil.
Como funciona o simulado externo
Como o próprio nome diz, o simulado externo do PAE reproduz o que aconteceria se houvesse um problema na barragem da usina. Com isso, durante o treinamento preventivo, a comunidade do entorno poderá identificar rotas, tempos e pontos de encontro para se deslocarem em um eventual momento de crise.
O protocolo possui as seguintes etapas:
- Toque das Sirenes;
- Evacuação das casas e edificações;
- Encaminhamento da população para as rotas de fuga com as placas;
- Identificação e chegada no ponto de encontro mais próximo a sua residência;
- Assistência da defesa civil e órgãos da região;
- Análise da situação e do território;
- Aval para retorno às residências ou definição de ações de assistência às famílias.
A participação é voluntária, mas é importante que as pessoas passem por todas as etapas para conhecerem o protocolo. O simulado terá apoio da Prefeitura, Defesa Civil e forças de segurança pública.
Risco de problema nas barragens é pequeno, diz Aneel
A implementação do PAE é um cuidado relevante para ocasiões de risco, mas não significa que exista qualquer perspectiva de ruptura nas barragens. A AES Brasil possui um complexo sistema de controle e monitoramento de seus ativos, incluindo aferições manuais diárias, com um registro longevo de todo o comportamento.
Portanto, ainda que funcione como uma preparação para situações emergenciais, o PAE lida com cenários hipotéticos e raros. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Pequena Central Hidrelétrica Mogi Guaçu é classificada como um ativo de risco baixo.
“Temos ativos em que a chance de uma ruptura é 1 para cada 15 milhões de anos, o que dá uma dimensão de como esse é um evento com baixa probabilidade de ocorrer. Nossos ativos são seguros e têm uma série de controles para mitigar os riscos para a população que vive no entorno. O treinamento de segurança é apenas mais um desses mecanismos voltados a proteger as pessoas”, conclui Pernias.
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