Mogi Mirim – O empate em 0 a 0 entre Atlético-MG e Santos, no último domingo (14 de setembro), pela 23ª rodada do Brasileirão, saiu dos holofotes poucas horas depois de a bola parar de rolar. Na madrugada de segunda-feira, o goleiro atleticano Everson revelou, em suas redes sociais, que sua filha de 13 anos foi vítima de importunação e assédio sexual no estacionamento da Arena MRV.
“Minhas defesas em campo não importam quando a segurança da minha família é colocada em risco”, escreveu o camisa 22, relatando que as ofensas foram direcionadas exclusivamente à adolescente logo após o término da partida.
Solidariedade imediata
O atacante Hulk, um dos líderes do elenco alvinegro, se solidarizou com o companheiro: “Isso é inadmissível. Precisamos de providências para que fatos assim não voltem a acontecer”, publicou o camisa 7.
Medidas e investigação
Segundo o Atlético, as imagens do circuito interno já foram entregues à Polícia Civil e ao Juizado do Torcedor e de Grandes Eventos de Minas Gerais. Se confirmada a importunação sexual prevista no artigo 215-A do Código Penal, os responsáveis podem pegar até cinco anos de prisão.
Próximos compromissos
O Galo volta a campo neste sábado (20), novamente na Arena MRV, contra o Fluminense. A diretoria garante que o esquema de segurança para familiares de atletas será reforçado.
Nota de repúdio
Em comunicado oficial, o clube reiterou “repúdio absoluto a qualquer forma de violência” e ofereceu todo o apoio psicológico e jurídico à família de Everson.
A investigação segue em curso enquanto o Atlético tenta virar a página e retomar o foco dentro das quatro linhas — mas agora com um alerta urgente fora delas: estádio cheio não pode ser sinônimo de insegurança para ninguém, muito menos para crianças.